quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Quatro Paredes


Como se fossem minha intimidade projetada em ângulos perpendiculares. Representam cada uma das gotas derramadas, das palavras mal faladas e dos pensamentos incompreendidos, cortados por dúvidas  que se eternizam em pontos de interrogação.

Lembram-me das mal dormidas noites, dos sonhos encabulados e dos mais medonhos pesadelos. Nelas, viajo em profundos segredos, navego pelas altas risadas e por aqueles cinco minutos repetidos, flutuando em intensas letras de músicas e em fantásticas histórias (criadas por mim) que insisto em viver e reviver, seguindo, ao mesmo tempo, um ritmo calmo e constrangedor.

Elas, as quatro paredes, são apenas uma ampla visão de todas as perspectivas carregadas, de todos os receios guardados... E nada mais!

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É notável a bagunça em que se transformaram, o mau cheiro e toda sua repugnância!
Talvez minh'alma esteja assim também...